quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Salve Oxum (12/10)

É a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede. É a Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, Deusa da candura e da meiguice. Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe, da mesma maneira que Yemanjá. 
 É Oxum quem gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É, sem dúvida alguma, das regências mais fascinantes, pois é o início, a formação da vida.
 É Oxum que “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entrega à Yemanjá, que será responsável pelo destino daquela criança.
Oxum não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver o seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Os seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza. Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum; como também não podemos segurá-la em nossas mãos. 

Assim, Oxum é o ardil feminino, considerada a deusa do amor, a Vênus africana. O casamento, o ventre, a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por conseqüência, a felicidade.
De menina-moça faceira, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida. Oxum é o amor, é a capacidade de sentir amor. A partir desse amor é que se dá a origem as Agregações, e consequentemente origina a concepção das coisas.
Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual. É o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à concepção de uma nova vida. Ela é quem agrega os bens materiais que torna um ser rico, portanto, é conhecida como Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das Pedras Preciosas.
O toque dos atabaques, que acompanha sua dança no candomblé, é denominado ijexá. A dança de Oxum é a mímica da mulher faceira, que se embeleza e atavia, exibindo com orgulho colares e pulseiras tilintantes. Diante do espelho, sorri, vaidosa e feliz, por se ver tão linda e sedutora. Essa doçura de encanto feminino, porém, não revela a deusa por inteiro. Pois ela é também guerreira intrépida e lutadora pertinaz. Como as águas dos rios, a força de Oxum vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxossi, esfria o aço forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê. Oxum está em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é porque ela está dentro de nós.
Data festiva: 12 de outubro e 08 de dezembro

Salve Iemanjá 15/08


Iemanjá
Orixá dos mares e oceanos. 
Senhora das águas salgadas.
 Orixá dos bens materiais; grande provedora e mãe. 
Senhora da Calunga Maior (mar), portanto grande absorvedora de energias negativas.
Analisando a Orixá Iemanjá e nos reportando ao seu reino o mar, associamos sempre que quem mora perto do mar, nunca morre de fome, não é verdade?
 Por isso ela é a grande provedora dos bens materiais, a grande mãe, que nos dá o conforto, o alimento, além de ser representada pelo maior de todos os reinos, o mar. 
Soberania.*
Traduz a sua vibração em paz e harmonia. 
Protetora da família e dos laços familiares (nosso maior bem material).
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Desdobramentos de Iemanjá:
Iemanjá Sobá – soberana das águas salgadas. 
Sincretizada com N. S. da Glória. (Sobá quer dizer soberana)
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Iemanjá da Guia – trabalha em harmonia com Oxum, assumindo algumas das suas características. Sincretizada com N. S. Auxiliadora.
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Iemanjá da Coroa – trabalha em harmonia com Iemanjá Sobá, sincretizada com Santa Rita de Cássia.
As suas cores são o branco transparente (Iemanjá Sobá ou Iemanjá da Coroa) ou o azul céu (Iemanjá da Guia).
Tem o seu dia comemorado em 15 de agosto por ter sido sincretizada com N. S. da Glória